Por Rafaela Tavares*

Quem é “fluente” em expressões do mundo dos negócios sabe o quanto é vital definir se uma estratégia de lançamento de produto, projeto ou campanha é B2B (business to business) ou B2C (business to consumer). Mas muita gente esquece que, sem um alicerce “H2H”, todo plano de comunicação e marketing desmorona.

A sigla representa uma visão “human to human”, ou seja, “de pessoa para pessoa”, algo bem alinhado com a realidade do mercado. Repare como o comportamento dos influenciadores provoca respostas do consumidor. Ou na relação dos chamados “brand lovers” (público que tem um relacionamento de fidelidade com as marcas) com empresas que levam em consideração suas necessidades, desejos, rotinas, paixões, jeito de se comunicar, estilo de vida. É simples: humanizar reflete empatia e confiança.

Não importa quão apoiada em dados, novas tecnologias e na real qualidade de seus serviços: se a estratégia de marketing ignora o fator humano, tem boas chances de fracassar.

Como definir seu público-alvo?

Quando falamos em marketing e comunicação, o H2H implica cuidados em duas frentes. A primeira é: como saber qual seu público-alvo? Quem ele é, o que consome, como fecha negócios, quais suas dores, como se relaciona com outras pessoas, como ele fala, o que compartilha, onde se comunica?

Uma forma de responder a essas perguntas é buscar o apoio de especialistas em comunicação que farão um levantamento aprofundado para estudar seu público e definir estratégias a partir desse mapeamento de personas. Seja em uma campanha, na gestão de redes sociais, assessoria de imprensa ou outros projetos: sua marca nunca pode esquecer que não fala com “consumidores”, e sim com seres humanos.

As empresas também precisam trabalhar o espaço e a visibilidade de seus porta-vozes. Estamos em uma era de conexão. O público tem mais segurança em aderir ao seu negócio quando percebe não só o conhecimento dos executivos e equipe, mas também seus valores, o que pensam, o que leem, como se posicionam, quais seus estilos de humor, como colocam em prática a cultura da empresa.

Existem muitas maneiras de fortalecer a imagem dos porta-vozes e sua relação com o público. Um dos caminhos é sua presença nas redes sociais, o que eles apresentam de relevante para os seguidores e como se relacionam com eles. Outra opção é transformá-los em fonte de artigos e entrevistas em jornais, portais de notícias, rádios, podcasts e programas de TV. Se seu porta-voz ocupa um espaço na mídia como especialista, a confiança do público e a credibilidade tendem a crescer. Isso inclui conteúdos informativos, noticiários sobre as conquistas da empresa e mesmo a gestão de momentos de crise.

É claro que nada disso deve ser conduzido de maneira aleatória. Sempre é importante que o trabalho com porta-vozes, desde o media training até a gestão de redes sociais, tenha a participação de especialistas de comunicação. Afinal, é a sua reputação que está em jogo!

 

*Rafaela Tavares é jornalista, escritora e especialista em mídia digital da Smartcom – Inteligência em Comunicação.

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